Lingerie pós-parto não deve conter detalhes que incomodam, ou seja, quanto mais confortável, melhor
Muito se pensa na fase da gestação no quesito moda gestante, como as roupas que caberão na grávida, e assim por diante. Mas o que também é muito importante pensar é na lingerie pós-parto. Afinal de contas, após o nascimento do bebê o corpo da mamãe muda novamente. Porém, ela não veste imediatamente as peças que usava antes da gravidez. Isso no caso das lingeries.
Escolha da lingerie pós-parto
Quando o bebê já está em casa, uma nova rotina se abre e em meio a alterações hormonais, além do corpo se adaptando a este momento. Sendo assim, uma lingerie pós-parto deve propor conforto.
Modelo ideal da calcinha
No pós-parto a mulher passa por um período de recuperação.
Segundo a ginecologista e obstetra Carolina Curci:
“Ela estará inchada (edemaciada, na linguagem médica) e passando por uma acomodação dos órgãos internos, que foram afastados por conta da presença do útero, e agora voltarão para o local normal.”
No caso da calcinha, a médica recomenda que as mães escolham uma numeração maior do que a que estão acostumadas. Ela também sugere a ter ao menos de três a quatro pelas mais “folgadinhas” para este período.
Já em relação ao tecido, opte pelas de algodão ou de malha. Isso porque elas deixam o ar circular melhor na região íntima e facilitam a regeneração.
“A cicatriz da cesárea é mais para baixo, então indico usar uma calcinha que ultrapasse a altura do corte e evitar tecidos sintéticos, para não abafar e prejudicar a cicatrização.”
Calcinha absorvente
Apesar de não ser uma a regra obrigatória, a calcinha absorvente pode ser uma ótima alternativa, destaca a obstetra.
“Para o pós-parto imediato, recomendo usar as geriátricas se estiver com medo do sangramento e se observar que o fluxo está muito intenso. Avalie qual calcinha prefere – se é, por exemplo, a tipo “fraldinha”, que tem elástico mais largo e é descartável.”
Lingerie pós-parto – pode usar cinta?
Muitas mães acreditam que o uso diário da cinta pode oferecer mais segurança para se locomoverem após um parto do tipo cesárea. Além disso, também acham o acessório pode aliviar a dor nas costas. Entretanto, sua função é limitada e médicos não costumam recomendar seu uso rotineiro. Para Rodrigo da Rosa Filho, obstetra da Clínica Mater Prime:
“A cinta não ajuda os órgãos a voltarem ao lugar ou faz perder peso e flacidez mais rapidamente.”
Além disso, se ela for mais rígida pode causar até problemas à saúde da mulher no futuro, ressalta Carolina:
“A cinta pós-parto, se for muito apertada, aumentará a pressão intra-abdominal, que geralmente acaba sendo direcionada ao períneo e favorece uma incontinência urinária mais para frente – independente de qual foi o tipo de parto.”
Sutiã pós-parto ideal
O recomendado é que antes de começar a amamentar, comprar poucos sutiãs, pois é difícil saber qual irá se adequar mais e gostar de fato.
Entre as principais funções de um sutiã no período de pós-parto é dar suporte e sustentação. Portanto, opte pelos com alças e a parte lateral mais largas. Com isso, o peso será melhor distribuído.
Os tecidos destas peças devem ser macios ao toque, e o ideal é evitar as peças que têm fechos, lacinhos ou apliques, pois podem gerar incômodo.
“Os com abertura frontal facilitam bastante para amamentar sozinha, porque dá para segurar o bebê com uma mão e com a outra tirar o gancho do sutiã e ofertar a mama.”
Mas em caso de mãe observar que após retirar o sutiã a pele ficou marcada ou vermelha na região das alças laterais ou dos ombros, troque com urgência por um tamanho maior e mais confortável.
Lingerie pós-parto úmida de leite
Neste caso, os sutiãs com abertura frontal são os mais indicados pela sua praticidade em amamentar e também para tirar leite com a bombinha. Apesar dos benefícios, esse tipo de lingerie exige cuidados, pois o leite materno é cheio de nutrientes para o pequeno. Mas também para alimentar os microorganismos.
“A mulher deve observar quando o sutiã estiver vazando muito ou úmido e trocar com frequência, para evitar a proliferação de bactérias, que podem causar infecção nas próprias mamas.”
Atualmente, o mercado oferece algumas alternativas, como protetores e absorventes de seio.
*Foto: Divulgação